Este blogue é feito de experiências, de vivências, de desejos, utopias, constatações, aspirações. É feito com amor, honestidade, com a disponibilidade possível, com várias inspirações, alguns temas abordados com mais paixão do que outros (estes propositadamente abordados com mais leveza, ou mais banalidade) uns temas abordados com mais confiança e segurança, outros mais a medo. Este blogue sou eu, e digo-vos que nunca imaginei que fosse alcançar o que já alcançou até agora, as visualizações, o número de gostos na página do facebook, os comentários dos amigos que dizem “eu li no teu blogue”… e pensar que comecei isto por pura carolice, enquanto desempregada que necessitava de algo mais do que cuidar de um filho lindo e delicioso. Comecei com um empurrão de uma pessoa que me é muito querida e por ventura também deve ter achado que eu precisava de algo mais que me fizesse sentir mais completa.
Nunca fui muito de partilhar online detalhes da vida privada e essa é a principal guerra que travo comigo mesma. Questiono-me vezes sem conta “devo partilhar isto”, “quero partilhar isto”, “qual a repercussão que isto pode ter caso seja partilhado”? Invariavelmente o meu juízo de valor pende para ambos os lados de forma igual. Alturas houve em que decidi não partilhar um post que já havia pensado. Alturas há em que não vejo problema aparente em partilhar uma ou outra foto, uma ou outra história. Procuro ter bom senso nas minhas partilhas. Tento não fazer julgamentos, emitir juízos de valor, tento expressar apenas opiniões pessoais e sentidas. Cada post é pensado, eu partilho apenas o que quero e da forma como quero. O que não quero, não sai para o blogue nem para outra rede social.
É tão bom sair do binómio casa/trabalho, é tão bom estar consciente de que a vida é mais saborosa se dedicarmos um bocadinho de tempo que seja a fazer algo que gostamos. Quando reintegrei o mercado de trabalho pensei “é a morte do blogue, não vou ter pachorra e lá se foi o Mustang”. Felizmente tenho resistido a essa ideia pré concebida e tão enraizada na minha família de que, a mulher tendo filhos e trabalhando já não deve fazer mais nada porque já é essa a sua função: cuidar da casa, do marido e dos filhos e trabalhar, e pronto, já não dá para mais. Não quero isso para mim.
Agradeço a quem me lê. Escrevo para mim mas também escrevo para os outros. Comecei a ver os números a crescer e comecei a criar objetivos. Agradeço o facto de, através do blogue, ter conhecido realidades tão diferentes e às vezes tão parecidas com as minhas. “O Mustang” já faz parte de mim, já não me dissocio dele, já não penso que e só para me entreter. “O Mustang” como carinhosamente já é conhecido na minha rede de amigos e familiares já faz parte do meu quotidiano, trouxe pessoas novas à minha vida, trouxe-me conhecimento, trouxe-me desenrasque. Dá-me oportunidades e faz-me pensar de outra forma, raciocinar out of the box, deu-me a conhecer histórias de vida, experiências de outras mulheres, guerreiras, filhas, mães, esposas, bloggers e outras formas de viver a vida.
Estou grata por tudo o que O Mustang já me deu e espero ter motivos para estar grata pelo que ainda está por vir.
Love & Light
