Criar um Enzo aberto à vida!

| on
junho 09, 2013
Há dias li um artigo na Pais & Filhos que me suscitou interesse. Não porque acho que seja uma bíblia a seguir ou que se tenha de fazer tudo o que está escrito em todos os lados, mas sim porque muitas das atividades que são sugeridas (reproduzo o artigo abaixo) são muitas das que faço com o Enzo porque sempre achei, mesmo sem ler em lado nenhum, que possibilitam e facilitam o seu desenvolvimento a todos os níveis: físico, intelectual, social, etc.
Não acho nada precoce fazer com que o meu bebé conviva com pessoas, conheça lugares, mexa nas coisas, sinta as texturas, desde que obviamente todos os cuidados sejam tomados e as suas necessidades básicas sejam respeitadas: hora da papinha, da brincadeira, do miminho e do soninho.

Não quero criar o Enzo numa redoma caseira que não o prepare para o que o mundo tem para oferecer, o bom e o menos bom, apesar de às vezes me agarrar a ele e não querer de todo largar!
Falta-me explorar o ponto 2, e acho que vamos gostar :)
Nota da autora a 04.07.2012 - Exploramos o ponto 2 no dia seguinte, e foi muito divertido!
Se o seu bebé deixou de ser recém-nascido, se ele já percebeu que há nesta vida coisas interessantes e engraçadas e outras aborrecidas e chatas, se ele já gosta de sorrir e de experimentar uma boa gargalhada, então está na altura de diversificar as suas experiências. Há umas quantas coisas que deve marcar na agenda para fazerem juntos antes de ele completar um ano de vida.
É claro que, mais tarde, o seu filho há-de repetir muitos destes programas, mas experimentá-los pela primeira vez quando ainda se é bebé de colo, é diferente de passar por eles quando já se foge ao pai e à mãe. Por isso, a bem dos bebés, sugerimos aos pais que não se esqueçam de:
 

 1. FAZER MASSAGENS
O contacto pele com pele, o toque das mãos da mãe e do pai tem uma importância vital para um bebé. As massagens são uma forma de tocar que tem inúmeros benefícios, a todos os níveis, inclusive na promoção da vinculação.
A Associação Internacional de Massagem Infantil propõe um programa baseado nos princípios da massagem indiana (shantala), da reflexologia e da massagem sueca. Um conjunto de movimentos que pode aprender em inúmeros centros por todo o país (para procurar técnicos credenciados pela Associação Portuguesa de Massagem Infantil e descobrir mais sobre o que as massagens podem fazer pelo seu bebé, vá a www.apmi.org.pt ).
As massagens podem tornar-se uma rotina ou um mimo para momentos especiais. A verdade é que aproximam pais e filhos e são um investimento. Não tarda o seu filho também fará massagens aos pais.
 

2. TOMAR BANHO COM O BEBÉ
Juntar-se ao bebé na banheira é criar mais um espaço e um tempo privilegiado de contacto pele com pele. É claro que não é um programa para fazer com um recém-nascido, mas a partir de certa altura é um prazer para pais e filhos. Vão sentir-se mais próximos da natureza, do seu corpo e do deles, sem fechos, molas e mangas a estabelecer fronteiras e com a água como relaxante natural. Para um bebé que adora o banho, imagine o bem-estar redobrado que irá sentir por poder estar ao colo da mãe ou do pai ao mesmo tempo que chapinha. Para os que não gostam tanto desse momento, pode até ser uma forma de descobrirem como é bom sentir a água na pele.
 

3. CONTAR HISTÓRIAS, DESCOBRIR OS LIVROS
Nunca é cedo demais para começar a contar histórias ao seu bebé. A partir de certa altura, pode e deve mostrar-lhe livros, contar-lhe o que se passa a cada página, deixá-lo folhear e explorar, mesmo arriscando estragar. Há livros próprios para bebés, mais resistentes e até apropriados para quem não consegue deixar de morder um cantinho. Se os livros fizerem, desde cedo, parte do seu mundo, não tarda será o bebé a pedir esta ou aquela história. E ouvi-la da boca do pai ou da mãe é um prazer único.
 

4. PASSEAR NUM PARQUE NATURAL
Ir todos os dias ao jardim do bairro é bom. Mas não deixe de dar ao seu bebé, uma vez por outra, o prazer de passear no meio da natureza em estado bruto. Fazer uma caminhada com ele no canguru ou no carrinho TT – dependendo do percurso e da distância – é dar-lhe cheiros, cores e oxigénio que não existem em mais sítio nenhum. Ouvir o silêncio ou a banda sonora dos pássaros, estando deitado numa manta a ver as copas das árvores é melhor do que ter por perto qualquer caixinha de música ou qualquer mobile. Sobretudo quanto se está com o pai e com a mãe.
 

5. IR À PRAIA
Tão especial como a sombra de um bosque é o horizonte no mar. Os bebés têm essa noção e costumam ficar maravilhados. Pôr as mãos na areia, sentir as ondas do mar nos pés são descobertas únicas e estimulantes. Às vezes até demais. Não é aconselhável estar muito tempo na praia com um bebé e não devemos expô-lo ao sol nos primeiros meses, seja a que horas for.
Como em tudo, é preciso bom senso. Ou seja, ir embora antes de o cansaço (a praia cansa) ser demasiado. E claro, tão importante como estar pouco tempo, é estar só ao princípio da manhã ou ao fim da tarde.
 

6. DESCOBRIR OS ANIMAIS
Os cães e os gatos domésticos podem tornar-se verdadeiros amigos de um bebé. Mas poder ver outros animais - um cavalo, uma vaca, uma galinha - são experiências que todos os bebés adoram. Sobretudo porque já os conhecem das histórias. Nos livros, a sua dimensão não é perceptível para um bebé, tal como o toque, o movimento, os sons. Por isso, um passeio numa quinta pedagógica, para quem não tem amigos ou família no campo, é um excelente programa para pais e bebés. Fazer uma festa ao cavalo, dar pão aos patos, ouvir a vaca mugir pode ser uma verdadeira festa.
O Jardim Zoológico é um clássico, mas talvez seja sensato deixá-lo para mais tarde: o bebé não aguenta muito tempo de passeio, os animais estão mais distantes, não se lhes pode tocar e, sendo um programa que representa um investimento maior, convém pensar duas vezes antes de ir.
 

7. SUJAR-SE
Esqueça os seus preconceitos demasiado higiénicos e deixe o bebé sujar-se à vontade. Mexer na terra, cair na relva, enterrar os pés na areia são actividades que implicam alguma sujidade, é um facto. Mas esta é uma sujidade saudável: o bebé não vai ficar doente, (pelo contrário, pode até ficar mais resistente) e vai, com certeza, ficar feliz por conhecer um pouco melhor o mundo. É claro que deve ter cuidado com a escolha dos locais onde vai deixar o bebé à solta: cocós de cão, por exemplo, são um tipo de sujidade a evitar a todo o custo. Depois da aventura, não há nada que um bom banho não resolva.
 

8. COMER COM AS MÃOS
É normal que o bebé queira experimentar a textura dos alimentos, para além do seu sabor. No último trimestre do primeiro ano de vida, é saudável deixá-lo comer certas coisas com as suas próprias mãos. É uma forma de estimular a coordenação, o prazer de comer e a mastigação. Pão, bolachas, fruta cortada aos pedaços, massinhas e bocadinhos de queijo são bons alimentos para o bebé comer sem ajuda.
Não se preocupe demasiado com a sujidade. Nesta fase, é normal que alguma comida caia em locais bastante distantes do estômago do seu filho.
Incentive-o também a comer com a colher. Quanto mais cedo começar a treinar, melhor.
 

9. CANTAR E DANÇAR
Nunca é cedo demais para iniciar o seu bebé nos prazeres da música. Além de o deixar ouvir discos – os preferidos dos pais e outros que considere serem do agrado dele - cante-lhe enquanto lhe muda a fralda, dance com ele, rebolem no chão. Mesmo que ache que canta mal, para o seu bebé será sempre melhor ouvir a voz do pai e da mãe do que a do melhor intérprete. Use e abuse da música, das cantigas da sua infância, das palmas, do movimento. As lengalengas também são muito estimulantes do ponto de vista do ritmo e da linguagem. As avós e os avôs costumam ter um bom repertório e ajudar os pais nesta importante área da vida de um bebé.
 

10. IR À PISCINA
São imensas as vantagens de um programa de adaptação ao meio aquático. Se puder inscrever-se com o seu bebé numa piscina preparada para o efeito, ele irá adorar. A água deve ter um tratamento especial (diferente do cloro), estar a uma temperatura adequada e o instrutor deve ter formação específica. A ideia não é ensiná-lo a nadar nem fazer dele uma atracção para a família porque aprendeu inúmeras habilidades. O que se pretende é ter um tempo e um espaço em que pais e bebé vão estar verdadeiramente juntos, num ambiente estimulante, que promove o desenvolvimento motor, competências sociais e inteligência e, claro, onde vão divertir-se à grande.


Love & Light

 
O Mustang do Enzo está no Facebook, aqui!
 
Be First to Post Comment !
Teresinha disse...

Tão fixe!! Acontece-me o mesmo! Penso, faço e proporciono estas coisas todas, não só porque sei que é importante, mas porque realmente me apetece, me dá prazer! Confesso que nos falta o 2 e o 10. Ficam como objectivos para os próximos tempos! ;)

Anónimo disse...

Sem saber que aconselhavam metade das coisas comecei a fazer bem cedo com o meu filhote até que ouvia dizer muitas vezes que era doida porque ele ainda era pequenino e não percebia! E voltarei a fazer o mesmo com a minha filhota ;)

O Mustang do Enzo disse...

Eles percebem tudo, tudo! :)

O Mustang do Enzo disse...

:)