O Enzo, eu, e a amamentação

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agosto 06, 2013
E depois de uma breve pausa por estes lados, volto à carga no meu Mustang!
 
E hoje apeteceu-me escrever sobre amamentação, em jeito de homenagem, porque estamos na semana mundial do aleitamento materno (hoje é o último dia) e... porque tenho saudades pronto!
 
Amamentar para mim foi dos melhores momentos que experienciei em toda a vida! Foi algo que me assustou ainda na fase de gravidez, mas à medida que fui recolhendo informação e depois no Curso de Preparação para o Parto, fui ficando mais certa da minha vontade: não amamentar para mim estava completamente fora de questão. Tendo em conta os inúmeros benefícios do leite materno e a inegável vinculação que se proporciona, decidi cedo que esta era a minha vontade.

 
 
Óbvio que nem tudo foram rosas, óbvio que o bebé não nasce ensinado a mamar (apesar de ter o reflexo de sucção bem apurado), óbvio que eu estava preparada em teoria, mas não em prática, óbvio que chorei com medo de não conseguir cumprir com sucesso a minha vontade.
 
Tive a ajuda preciosa de uma enfermeira e um enfermeiro especialistas em saúde materna, no hospital onde o Enzo nasceu. No meio da madrugada, do cansaço, das dores da cicatriz, do baby blues e da escuridão, tiveram todo o tempo do mundo para me dizer: calma! E de facto era o que eu precisava na altura: relaxar e ensinar o Enzo a pegar na mama e mamar. Tomou suplemento por indicação da pediatra que o assistiu no hospital, apenas enquanto não se deu a subida do leite e acabou por perder apenas 140 gr na primeira semana, a partir daí aumentou de peso novamente. Mas a maior parte dos enfermeiros respeitou a minha vontade e davam-lhe o suplemento através de seringa de forma a que ele experimentasse o menos possível o biberão. Só lhe introduzi a chupeta quando fez um mês e a amamentação já estava relativamente bem estabelecida. A Medela Swing foi a minha melhor amiga no início, a par do milagroso Purelan, apesar de eu não gostar de extrair leite com a bomba. O Pai ajudou muito nesta fase, nas noites no hospital e depois em casa, a incentivar, a motivar, a fazer com que eu descansasse, e sempre estive determinada a fazer com que fosse um sucesso, e para mim, foi!
 
Aquele momento era para mim de tal forma mágico que por diversas vezes me vieram as lágrimas aos olhos enquanto amamentava o meu filho. Sentia uma alegria imensa, um orgulho em mim por poder dar-lhe o que acho que era o melhor para ele, por senti-lo perto de mim naquele momento só nosso. Ainda hoje tenho bem presente as expressões faciais e os sons do Enzo a deglutir enquanto mamava, aquele som do deglutir era precioso :) era uma satisfação dele que rapidamente me contagiava.
 
O desmame foi igualmente natural e aconteceu mais cedo do que eu pretendia (pouco passava dos 7 meses), mas sem dramas. Olho com carinho para as fotos desses momentos e são as que mais saudades me deixam. Adorei!
 
Recentemente descobri este projeto: Loove, vou sem dúvida enviar-lhes a minha foto preferida da fase da amamentação :)
 
 
Love & Light
 
O Mustang do Enzo está no Facebook, aqui!
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Teresinha disse...

Foi TÃO assim comigo, também! Embora o Purelan comigo não tenha dado muito resultado... A Alice, no início mamava tanto e durante tanto tempo, que as fissuras inevitáveis quase não tinham descanso... O que me safou foi o milagroso Bariéderm da Uriage! A Alice também mamou até aos 7 meses! Os nossos babys são tão idênticos!
E o prático que era poder sair de casa sem a "casa às costas"?! ra hora da refeição, estava ali tudo mesmo à mão! Adorava isso também, para alºem de todas as tuas incríveis descrições que me fizeram voltar uns meses atrás com muito saudosismo! Obrigada!

Raquel Mark Blog disse...

Cada mãe terá a sua experiência para partilhar. No meu caso, optei por não o fazer, dado que estava a ser um processo demasiado doloroso para mim. Apesar disso, não considero que o Diogo tenha sido negativamente afectado pela minha decisão. Optei por me permitir ser mais tranquila, numa fase que estava a ser demasiado penosa para mim do ponto de vista físico. Os nossos momentos de complicidade e amor, aconteceram da mesma forma e não creio que tenham sido amputados pelas circunstâncias. O toque, a proximidade e ligação, o cheiro e o mimo, aconteceram da mesma forma, mas sem a amamentação natural. O leite de fórmula alimentou-o juntamente com todo o nosso amor e cuidado, e também esses momentos ficaram guardados para sempre nos nossos corações. Uns valorizarão mais umas coisas que outras nesta experiência e vivência de parentalidade. É mesmo assim - somos todos diferentes. Para alguns, algumas vivências serão sempre as mais importantes e decisivas neste percurso, para outros, as recordações poderão pintar-se de cores diferentes. O foco no Amor estêve e está sempre com ele, e isso ele sabe que viverá para sempre nos nossos corações em diferentes tamanhos de memória...pequenino que era, rapazinho que é, e um dia o Homem bom, que sabemos, será! ;-) beijinhos, Raquel M.