Da educação

| on
outubro 09, 2013
E de repente já avançamos no tempo e já estamos embrenhados em Outubro. Passei a adorar este mês que antes não me dizia nada. Passei a adorá-lo desde que o meu filho nasceu a 1 de Outubro de 2012. É Balança de signo, espero que isso signifique que será um menino e futuro adulto equilibrado. É uma característica que gostava de ver nele e que tentarei ajudá-lo a adquirir.
 
Penso várias vezes nos valores e princípios que quero transmitir ao Enzo. Batalho-me várias vezes sobre a forma correta de o fazer. É isso ser mãe/pai? Penso invariavelmente nas consequências das minhas ações na educação dele, "se eu fizer isto desta forma, ele apreende melhor o conceito?", "se eu restringir isto ou aquilo, será que estou a ser má?"; "será que se eu permitir isto ou aquilo, ele vai trepar por aí acima e fazer o que lhe apetece?" Educar não tem fim, ou tem? Acho que não!
 
Há poucos dias comentava com uma amiga que também é apologista da mesma ideia, que gosto e quero praticar com o Enzo a parentalidade positiva. Não fui educada assim, nem me parece um conceito que tenha sido posto em prática ao longo dos anos na minha família. É verdade que me sinto deslocada a nível familiar por pensar e agir de forma diferente dos meus pais, dos meus avós, dos meus bisavós. Não que não goste da educação que tive, gosto do ser humano que sou, dos valores que me foram transmitidos, os princípios, as ferramentas que me foram dadas e que me tornaram no que sou. Ainda assim, a filosofia que quero desenvolver na educação do meu filho, é diferente. Quero explicar-lhe o porquê das coisas, das minhas decisões quando contrárias à sua vontade, quero ser firme e não deixá-lo fazer coisas que entendo que não deve fazer, assertivamente explicando-lhe o porquê. Quero respeitá-lo como a um adulto. Não quero gritar-lhe nem bater-lhe. Não quero ceder a birras, quero saber geri-las da melhor forma. Acho que ele deve entender que não deve fazer isto e aquilo, por um motivo em especifico e não porque sabe que, se fizer, vai apanhar. Não quero que tenha medo, quero que tenha respeito.
 
Isto é o que eu quero.
 
Ahhh e quero brincar com ele e fazer-lhe cócegas até lhe faltar o ar!


 
 
 
Love & Light
 
O Mustang do Enzo está no Facebook, aqui
 
 
 
Be First to Post Comment !
dizaine disse...

Recomendo vivamente, já fiz o workshop e amei e uso imeeeenso!
http://www.parentalidadepositiva.com/workshops.html

e o blog é fabuloso http://mumstheboss.blogspot.pt/

Raquel Mark disse...

Quanto à parte das cócegas, parece-me bem...;-)
Quanto à outra, a que diz respeito às intenções de formação e educação dos nossos, aos modelos a seguir- aos mais certos e aos mais errados - parece-me, que também a vida nos vai guiando sabiamente em direcção àquilo que é mais certo para uns e que poderá não resultar com outros...Desde que sou mãe que tenho deixado cair por terra alguns estereótipos que considerava que me tinham sido transmitidos de uma forma diferente ou pouco ideal .No entanto, a vida já me tem ensinado algumas coisas (a realidade e a intenção podem nem sempre ser coincidentes no tempo)...e o que ela tem de mais extraordinário e maravilhoso é esta estrada aberta, feita de escolhas, opções, reajustes e aprendizagens com que vamos enchendo a nossa bagagem de vida....Cada um com a sua - especial e positiva, mas pintada de cores muito póprias. Pantones à medida de cada um e por isso tão extraordinariamente admiráveis! Beijinhos para todos

O Mustang do Enzo disse...

No próximo lá estarei com toda a certeza!

O Mustang do Enzo disse...

Raquel, se soubesses as vezes que já dei por mim a deitar por terra ideias pré concebidas que fui criando relativamente à maternidade, a esta ou outra forma de fazer as coisas, nem imaginas! E começou logo pela gravidez, em que achava que tudo ia correr bem e só dependia de mim e blá, blá, blá…nada disso. O corpo foi pregando partidas e eu tive de me adaptar, tive de fazer para que corresse bem, para que tivesse o meu filho nos braços com saúde, o que felizmente aconteceu. Depois o pós-parto, mais uma ideia pré concebida de sofrimento e horror que caiu por terra…foi uma fase linda, apesar de cansativa, uma semana após o parto eu estava impecável! Tantos estereótipos que já mudaram na minha mente desde que fui mãe… E é exactamente como tu dizes, os reajustes, as escolhas, as opções que se vão tomando mediante a realidade que nos é apresentada, isso é que é viver de verdade, e acrescento que, se feito de coração e com amor (se é que há outra forma de o fazer!), é extraordinária esta jornada de ser Mãe .
Quanto à parentalidade positiva, para mim ela é uma filosofia de vida, não uma opção “da moda” como já ouvi dizer, à luz do que vivi até hoje (e bem sei que a experiência é curta, mas muito rica – fruto de ter acompanhado o Enzo 24/7 durante o seu primeiro ano de vida) é o que quero para o meu filho. Sei que nem sempre vou conseguir aplicar o conceito, mas vou tentar!

Beijinhos!